Mais Cinco Áreas Protegidas na Caatinga São Criadas no Ceará
- 25/12/2025
O Governo do Ceará criou cinco novas unidades de conservação ambiental localizadas integralmente na Caatinga, bioma predominante no Estado. A medida amplia em aproximadamente 80 mil hectares o território oficialmente protegido, com áreas distribuídas em municípios do Sertão Central, Sertão de Canindé e Serra da Ibiapaba. Os decretos que instituem as novas unidades foram publicados no Diário Oficial do Estado em 16 de dezembro e elevam de 39 para 44 o número de unidades de conservação estaduais sob gestão da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema).
A criação das novas áreas ocorre em regiões consideradas estratégicas para a conservação da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro e diretamente associado ao enfrentamento da desertificação, processo que afeta áreas semiáridas como o interior do Ceará. Segundo a Sema, a proteção da vegetação nativa contribui para a manutenção dos ecossistemas locais e para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Estudos recentes indicam que a Caatinga tem papel relevante na captura natural de carbono, o que reforça sua importância ambiental em nível nacional.
As cinco novas unidades de conservaçãoAPA Serras de Irauçuba (Irauçuba)Com 4.966 hectares, a unidade abriga espécies ameaçadas, como o urubu-rei e a jaguatirica, e está localizada em uma área considerada núcleo de desertificação no Ceará, com prioridade para restauração ecológica. Monumento Natural Furna dos Ossos (Tejuçuoca)Com 60 hectares, a unidade protege formações naturais raras e áreas de valor cênico. A categoria permite a presença de propriedades privadas, desde que compatíveis com os objetivos de conservação.ARIE Pontal da Serra da Ibiapaba (Graça, Pacujá e Reriutaba). A área soma 6.134 hectares e se destaca pela proximidade com outras unidades de conservação, como o Parque Nacional de Ubajara, favorecendo a conectividade ecológica entre territórios protegidos.
REVIS Picos da Caatinga (Canindé e Itatira). Com 2.181 hectares, o refúgio protege áreas com registro de espécies ameaçadas da fauna, como a maria-do-nordeste e o vira-folha-cearense, em uma região com baixa cobertura de áreas protegidas. APA Serras da Caatinga (Canindé, Itatira e Santa Quitéria). A maior das unidades, com 66.387 hectares, abrange diferentes formações vegetais, incluindo Caatinga arbórea, mata seca e mata úmida, com foco na conservação ambiental e no uso sustentável do território. Expansão da proteção ambiental no Estado com a criação das cinco unidades, o Ceará amplia a presença de áreas oficialmente protegidas em regiões de alta relevância ecológica. As novas UCs passam a integrar o sistema estadual de conservação ambiental, sob gestão da Sema.








