Em Hong Kong, Sobe Para 128 o Número de Mortos no Incêndio em Arranha-Céus
- 28/11/2025
O número de mortos no devastador incêndio em um complexo de apartamentos em Hong Kong aumentou significativamente para 128 pessoas nesta sexta-feira (28), após os bombeiros finalmente conseguirem controlar as chamas 42 horas depois de seu início. Pelo menos 79 pessoas ficaram feridas com as chamas que se alastraram rapidamente por diversos prédios de um conjunto habitacional público no bairro de Tai Po, informou o secretário de Segurança de Hong Kong, Chris Tang, em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira. Tang alertou que o número de mortos pode aumentar ainda mais, pois há cerca de 200 pessoas cuja situação é desconhecida. Esse número inclui vários corpos ainda não identificados, acrescentou ele.
A causa do incêndio ainda não foi determinada e a investigação policial sobre o motivo pelo qual as chamas se alastraram rapidamente de prédio para prédio, transformando o fogo em um único bloco de apartamentos em múltiplos focos simultâneos em diversos andares, deverá levar de três a quatro semanas, afirmou ele. As autoridades acreditam que o incêndio inicial começou nos andares inferiores do edifício Wang Cheong, Bloco 6 de um conjunto de oito torres que compõem o Wang Fuk Court, um complexo residencial compacto que abrigava mais de quatro mil pessoas, muitas delas idosas.
O Wang FukCourt estava em reforma quando o fogo começou, e todas as oito torres estavam envoltas em andaimes de bambu e telas de proteção verdes. A polícia já havia encontrado o nome da construtora em placas de poliestireno expandido inflamáveis que os bombeiros encontraram bloqueando algumas janelas do complexo de apartamentos. “O fogo incendiou as telas de proteção e rapidamente se espalhou para as placas de poliestireno ao redor das janelas, resultando em incêndio em outros andares e prédios”, afirmou Tang. “Depois que o poliestireno pegou fogo, a alta temperatura fez com que as janelas se quebrassem, permitindo que o fogo se alastrasse para o interior”, explicou ele.
À medida que as redes de proteção e os andaimes de bambu pegavam fogo e desabavam, as chamas se alastraram para outros andares, informou o secretário. Bombeiros e moradores enfrentaram condições extremas dentro do prédio, com temperaturas chegando a mais de 500 graus Celsius, acrescentou ele. Tang afirmou que as redes de proteção estavam em conformidade com as normas de segurança. Os esforços de resgate foram ainda mais complicados, pois algumas unidades dentro dos prédios reacenderam, mesmo depois de as chamas terem sido controladas pelos bombeiros.








