Brasil Registra Melhor Renda, Menor Desigualdade e Menor Pobreza da História
- 26/11/2025
O Brasil teve em 2024, no segundo ano do governo Lula 3, os melhores índices históricos de renda média, queda da pobreza e redução da desigualdade desde 1995 – início da série histórica, quando os dados começaram a ser compilados. As informações vêm de levantamento elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo revela que a renda domiciliar per capita subiu cerca de 70% em três décadas, passando de R$ 1.191 em 1995 (corrigido pela inflação) para R$ 2.015 em 2024. Paralelamente, a proporção de pessoas em situação de pobreza extrema caiu de 25% naquele ano para 4,8% em 2024, e a pobreza geral diminuiu de 61,2% para 26,8%. O avanço desses indicadores foi motivado principalmente pelo aquecimento do mercado de trabalho e pela expansão de programas de transferência de renda, que se tornaram mais eficazes no combate à pobreza e desigualdade.
O coeficiente de Gini no Brasil, que mede a concentração de renda e a desigualdade social, registrou uma queda histórica de quase 18%, atingindo o menor patamar da série histórica. O índice caiu para aproximadamente 0,506, indicando uma distribuição de renda mais equilibrada no país. Entre os fatores que colaboraram para essa melhora estão o aumento da renda entre os 40% mais pobres, que passou de R$ 474 em 2021 para R$ 670 em 2024, e a redução da taxa de pobreza, que caiu de 31,1% em 2021 para 19,4% em 2024, fazendo com que cerca de 9,5 milhões de pessoas tenham saído da linha da pobreza nesse período.
A pesquisa mostra que a melhora entre 2021 e 2024 foi impulsionada por dois fatores equivalentes: o aquecimento do mercado de trabalho e a expansão das transferências assistenciais. Ambos responderam, cada um, por quase metade da redução da desigualdade e da queda da extrema pobreza no período. Os autores apontam que as políticas de transferência, incluindo Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Auxílio Brasil e Auxílio Emergencial, tornaram-se mais efetivas na redução das desigualdades, sobretudo após 2020. O estudo observa que, apesar desse impacto, o efeito dinâmico das transferências diminuiu no biênio 2023–2024, refletindo o fim do ciclo recente de expansão. Ainda assim, o mercado de trabalho manteve forte influência sobre a melhora dos indicadores, respondendo pela maior parte da redução adicional da pobreza e da desigualdade nesse período.








